sábado, 22 de março de 2014

BM - O CAVALO SOGUEIRO DO RIO GRANDE.


Estávamos eu e o então Tenente Cairo Bueno de Camargo divulgando o Plano de Educação para o Trânsito criado por nós na APM (As aventuras de PMzito e Dinimin no Trânsito).
Era o mês de fevereiro – e nossas férias!!!! – e viajávamos no meu carro, um Corcel (!!!!).
Andamos por todo o Rio Grande (é desta viagem que Ijuí, por seu então prefeito, assumiu o Plano e temos, hoje, esta cidade como a mais educada do Brasil, para as questões de trânsito).
Pois passando pela estrada em construção perto de Rosário, avistamos um Gaúcho paramentado na estrada, com sua mala amarrada por uma corda. O Cairo e eu estávamos à paisana.
Parei o carro e demos carona para ele, que nos disse se chamar Quirino Dias e, na longa convers que se seguiu, que por ali tinha o seu umbigo enterrado (traduzindo: nascera naquela região).
Num dos pontos estreitos da estrada em construção parei o carro, pois em sentido contrário vinha um caminhão do então Serviço de Subsistência, para abastecimento, acredito, do 2º RPMon, sediado em Livramento.
Ao passar o caminhão da Subsistência, dei sinal de luz, tendo sido por ele correspondido.
Neste momento, o velho gaúcho diz:
-“Aí vai o cavalo sogueiro do Rio Grande”.
Cairo e eu nos olhamos e o Seu Quirino, sentindo naquele gesto algum tom de desaprovação, logo explicou:
-“Vejo que os moços não entendem muito da linguagem de fazenda. Pois cavalo sogueiro é aquele que está encilhado e sempre pronto, preso na soga, à disposição do patrão, do capataz e de qualquer peão para, a qualquer momento, sair pra resolver alguma coisa em qualquercanto da fazenda. Assim é esta velha Brigada, sempre pronta para o quê o Rio Grande precisar dela”.
Sorrimos, eu e o Cairo, e, então, nos identificamos.
Não esqueci mais desta metáfora, que sempre me vem à mente, mesmo quando vejo a BM montada por peões e ginetes sem condições de ter nas mãos as suas rédeas .

quarta-feira, 19 de março de 2014

Separação dos bombeiros e BM está marcada para 2016.


O argumento usado pelos que defendem a separação repousa na alegação de que os bombeiros dependem do orçamento da BM, assim como da administração pelo Comando da Brigada das verbas ali consignadas.
Com a separação, dizem eles, cada Corporação teria o seu próprio orçamento, e o administraria no sentido de seus próprios objetivos: a PM para o Policiamento Ostensivo e os Bombeiros para a prevenção e combate a incêndios e demais catástrofes.
Será que a simples separação da miséria aumentará a riqueza?
Pergunto isso, por que a minha preocupação reside no fato de que a penúria do Estado não diminuiu.
Na realidade, o que teremos é que o orçamento de uma Instituição será dividido e destinados os montantes naquele previstos para os de duas Corporações ...
Então, se temos dois serviços à meia boca (polícia ostensiva e bombeiros), em quê, quanto e quando cada um melhorará com esta divisão?
Ou será que teremos mais garantias contra incêndios e diminuição nas de prevenção e combate aos assaltos e atentados à vida?
De certeza apenas isso: pelo menos um dirigente e uma cúpula diretiva a mais no topo da administração pública - o comandante geral dos bombeiros e seu staf -, acompanhados daqueles custos com que sempre nos resignamos.

quinta-feira, 6 de março de 2014

IPE: NENHUMA BENESSE É DE GRAÇA; ALGUÉM VAI PAGAR A DIFERENÇA.

Atenho-me hoje a transcrever o artigo publicado por Rosane Oliveira, na sua "Página 10", da ZH deeste 6 de março. Ali se diz tudo, e se vê como os nossos políticos jogam com a coisa pública, como se deles fosse e pudessem, por isso, dispô-la no seu interesse. Só que a conta que daí se origina é paga por toda uma sociedade que, a cada dia, vê mais longe o seu ideal de uma vida digna e justa, em que todos paguem pelo que recebem e recebam o que lhes pe devido pelo que pagam.
Em alguma hora o eleitor saberá escolher quem seja o administrador justo, saberá afastar o político profissional, elendo aquele cujo objetivo não seja o de se manter eternamente no cargo político.
Aí o artigo:
"Vendedores de ilusões
Um plano de saúde em que se possa incluir pai e mãe pagando uma contribuição irrisória só é possível de ser comprado no mercado de ilusões. Por isso, convém os funcionários públicos não se empolgarem com o projeto do deputado Paulo Odone (PPS), que está para ser votado na Assembleia, nem com a proposta alternativa do governo, que deve ser apreciada em regime de urgência nas próximas semanas. Seria ótimo se fosse viável, mas não é.
Se o projeto de Odone for aprovado, o governador Tarso Genro ficará com o ônus de vetá-lo, alegando vício de origem: a Assembleia não pode criar despesa sem indicar a fonte de receita. O projeto de Odone diz que todos os servidores com salário inferior a R$ 4,4 mil poderão incluir pai e mãe como dependentes, desde que a renda de cada um não seja superior a R$ 1,1 mil. Ora, se 77,1% dos servidores ganham abaixo de R$ 4,4 mil, significa que pouquíssimos pagarão alguma coisa para ter os pais como dependentes.
O governo só pediu urgência na votação do seu projeto para não ser acusado de malvadeza com os servidores se simplesmente vetar a proposta de Odone. Vende a ilusão de que está abrindo as portas do IPE-Saúde para os pais dos funcionários públicos, mas deixa a contribuição para ser definida mais tarde, com base em cálculos atuariais. Na prática, o servidor poderá colocar os pais como dependentes, mas a contribuição será quase tão elevada quanto a de um plano privado.
Os deputados têm dificuldade para votar contra um projeto popular, porque quase todos são candidatos à reeleição, mas os partidos que têm projeto de poder deveriam avaliar o risco de o IPE-Saúde quebrar com a inclusão de novos dependentes na faixa etária que mais precisa de médicos, exames e internações. Isso é matemática: não existe plano de saúde grátis.
Em 2012, o IPE fez uma consulta extraoficial aos servidores para saber se tinham interesse em incluir os pais como dependentes, pagando alguma contribuição. Cerca de 30 mil responderam que sim, mas não se falou de quanto seria a contrapartida. O IPE chegou a iniciar um estudo atuarial sobre a contribuição necessária para incluir dependentes já na terceira idade. Os dados preliminares chegaram a um valor entre R$ 300 e R$ 400. O Conselho Deliberativo concluiu que era inviável, e o assunto ficou congelado.
O presidente do IPE, Valter Morigi, calcula que o plano de saúde quebraria em, no máximo, seis meses se fossem incluídos dependentes sem contribuição ou com a cobrança de uma taxa apenas dos servidores com salários acima de R$ 4,4 mil. Se um dia o IPE-Saúde se tornar inviável, os servidores serão empurrados para o SUS."

quarta-feira, 5 de março de 2014

APOSENTADORIA MAIS CEDO PARA MULHERES POLICIAIS.


Mais um item para a nossa pesada conta ...


Afinal, é fácil, para políticos profissionais – que só pensam no que pode somar votos para suas re-eleições –, promover agrados e mandar a conta daí originada para os eleitores.

Carolina Bahia, na sua coluna de ZH de hoje, dia 5 de março, dá a seguinte nota Animado com a formação do blocão na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) prometeu incluir na pauta a aposentadoria especial para mulheres policiais (federais, rodoviárias federais e civis). A mudança seria de 30 para 25 anos de contribuição, desde que com 15 de carreira, em vez de 20 como hoje. É o tipo de projeto que o governo quer ver engavetado em 2014.”

Considerando que uma aposentadoria que venha cinco anos para qualquer servidor significa contratarem-se cinco anos antes os substitutos e manterem-se, por conta do erário, por mais cinco anos os novéis aposentados, dá para perguntar: quanto vai custar esta redução de 30 para 25 anos, equivalente a 17% do tempo de serviço que está hoje previsto?

(E como sei que vem polêmica, já adianto: sempre me posicionei contra qualquer diferença entre o tempo de serviço de qualquer servidor público com o do trabalhador da iniciativa privada. Afinal, aquele, pela natureza da relação laboral, já usufrui vantagens que não são estendidas a este!)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

DA REBELIÃO DAS FLORES.


FLORES SE ESPELHAM NOS PRESOS DO SEMI-ABERTO E ESCAPAM ATRAVÉS DE GRADES.

PASSO FUNDO, URGENTE.


Estarrecida, a população desta nossa valorosa cidade localizada no norte do Estado vê que os regimes prisionais adotados não têm trazido os resultados esperados pelas autoridades e por boa parte dos defensores dos chamados direitos humanos, sempre penalizados pelos “pobres coitados” que, revestidos de elemento continente do tipo antropoide, têm como conteúdo as deformidades de personalidade e de caráter induzidoras de condutas criminosas.

Assim, neste final de ano, a cidade fundada pelo cabo Manuel José das Neves vem sendo abalada por crimes cometidos por beneficiados pelo regime carcerário do tipo vai, assalta e volta para comer e dormir.  (A propósito de ter sido a cidade fundada por um Cabo, lembro que, quando servi, observei que quase tudo o que acontecia de atrapalhado no quartel era culpa de um cabo... então, não é, ”vai sabê”).

Pois estes atos de integração promovidos pelos apenados do semi-aberto (integração através da “entregação” dos bens dos honestos para eles, mediante um suave encostar de um trinta e oito na nuca de um filho, ou efetivo enforcamento de vitima indefesa, ou três tiros em uma mulher que ouse se assustar com o assalto), estão a refletir no comportamento de seres do mundo vegetal. Colocadas em residências cercadas por grades (que, por seu turno, estão a fazer falta nos presídios local e da região), flores se negam a ficar confinadas e, desapercebidamente, começaram a adotar o comportamento dos apenados locais: estão elas a sair por entre as grades.

Botânicos estão se reunindo em caráter emergencial com vistas a encontrar uma saída para estas fugas (saída para as fugas é bom, hem ô Batista?) e, dada a complexidade de tais condutas, únicas, ao que se sabe, nestas espécies focadas, pediram auxílio a filósofos e psicólogos, os quais se uniram a eles, botânicos, e estão a disponibilizar seus conhecimentos e experiências com humanos para entender o comportamento das plantas.

A sociedade observa com curiosidade e temor ambas as condutas - a dos apenados e a das flores – mas, segundo pesquisa realizada pela equipe que trata da reeleição daquela senhora, os efeitos de uma e outra não terão qualquer influência no pleito do ano que vem; por isso, pensam eles que se deva determinar, por medida provisória, a imediata poda das flores que se aventurarem para fora das grades, cabendo à ministra dos direitos humanos eventuais providências para confortar os apenados também eventualmente pegos em flagrante por esta polícia intransigente.

As autoridades estaduais, encarregadas da segurança pública, não se manifestaram quanto às incidências de crimes cometidos ultimamente na cidade, tampouco quanto às razões de Passo Fundo contar com tão poucos policiais nas ruas. Afinal, a desculpa furada de que não tem como colocar um policial em cada esquina e, ainda, a de que mesmo que se coloquem mais, os meliantes vão praticar o crime onde o policiamento não está, não colam, pois nem mais os bois dormem com esta conversa. Segundo declarou um bovino – que pediu para não ser identificado, com medo de represálias -, ações efetivas, diuturnas e que não sejam ocasionais, como as dos tipos operação isso, operação aquilo (frustração de algum chefe por não ser cirurgião?), trazem resultados sim: policiamento visível e ATIVO põe a bandidagem para correr. Também não se manifestaram ditas autoridades acerca da já chamada pela população “rebelião das flores”.

Um dos nossos correspondentes ouviu de uma Rosa que o que as flores querem, na verdade, é dar o exemplo para a população, mostrar que é possível sair às ruas de novo e EXIGIR aquilo que já foi objeto de manifestações em junho deste ano e que morreu sem qualquer mudança realizada, a não ser, na esfera federal, a “bolsa mais médicos”, concedida aos irmãos Castro.

Ainda que Cartola tenha dito que as ROSAS NÃO FALAM, quem sabe sigamos o que esta disse, saiamos das nossas clausuras e peçamos nada mais, nada menos do que é o nosso direito: direito à segurança, direito a não precisar viver numa casa cercada por grades, direito a poder circular a qualquer hora sem ser assaltado, direito a ver os filhos saírem e voltarem ilesos para casa, direito a saber e ver preso condenado cumprindo sua pena sem privilégios e sem oportunidades para assaltar, estuprar, sequestrar, matar.

Só isso, nada mais do que isso ....





 

sábado, 2 de novembro de 2013

QUALIDADE NO ENSINO ..


Li hoje, na rede social, postado pela Professora Sueli Gehlen Frosi, que os professores terão vales para comprar livros, segundo anúncio feito pelo prefeito Luciano. Questionou a professora, com muita lucidez, se não seria melhor que os professores, em todos os níveis, ganhassem tão bem que não precisassem cheques isso e aquilo? Lembrou que “os professores são a nata da sociedade e são tratados com descaso em demasia” e que “um professor não é um missionário ou um sacerdote, ele é um profissional, embora vocacionado para o que há de mais lindo no mundo.”
Tal postagem me fez refletir sobre o tema, trazendo-me a lembrança algumas observações que pude fazer quando na Presidência da Fundação UPF, assim como algumas discussões havidas em outros foros.

Fala-se muito na qualidade do ensino, mas não vejo ações no sentido de mudar o quadro que, por vezes, é pintado com cores nada favoráveis.
Certamente que o fornecimento de vales isso ou aquilo não é um caminho que ajude a que a educação chegue ao patamar desejado, objetivo desejado por muitos, mas pouco entendido ou definido com clareza.

É muito “achismo”, na verdade.
Ao lado de uma remuneração digna de assim ser chamada, há que se pensar em se ter a análise do quadro que se apresenta, com informações capazes de orientar a política pública que, implantada, haverá de em um tempo (menor ou maior, não interessa, mas em um tempo, por que definidas as linhas a serem adotadas) trazer a educação para o caminho que toda a sociedade precisa (que se importa, mesmo, com outras atividades tidas como prioridades que não deveriam ser, e sem resultados, por que dependem elas, na verdade, de uma educação adequada).

Entendo que sejam os professores um  “produto” (perdoem a expressão, mas preciso desta imagem para chegar ao ponto que pretendo apontar), um “produto”, repete-se, que é entregue à sociedade por cursos que se propuseram a formá-los mediante um bom preço (mensalidades caras, ainda que, para que as instituições os mantenham, proponham “bolsas” que reduzem ditos valores, tudo, sei bem, para que haja para ditas instituições um resultado = lucro).
Então, precisamos saber como este “produto” se apresenta, o que ele traz de resultado.

Necessário ir, assim, até a “origem”, ou seja, os cursos que formam estes professores.
Propus, certa vez, a um prefeito, que se fizesse uma radiografia do ensino no município, cadastrando informações sobre os professores, levantando-se dados como onde se formou, desempenho, aprovação de alunos, etc...; levar os dados aos cursos que formaram estes professores e analisá-los em conjunto, pois que – resumidamente - com base nisso poder-se-ia CORRIGIR os cursos que formam os professores, de maneira que o “produto” entregue satisfizesse a necessidade da sociedade.
Temos por aqui muitos cursos formadores de professores, oferecidos por Instituição do Ensino Superior, recheados de Mestres e Doutores, cumprindo as exigências do MEC na sua constituição. Assim, em tese, temos cursos com quadros de formadores extremamente qualificados, mas não sabemos, na real, que “produto” está sendo entregue. Ou melhor: o “produto” entregue não está a altura da necessidade que temos.

Não seria, então, o caso de nos lançarmos na busca de numa caminhada mais lúcida, mais objetiva, mais, enfim, responsável?
“Vale leitura”? Ou quem sabe valha a pena se pensar com olhos voltados ao futuro da educação, tirando-os das medidas originadas das sempre fáceis condutas populistas que, no fundo, visam a figura do administrador, e não ao que a sociedade necessita?

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PATRONO DO DIREITO, TURMA 2013/II.


Estou muito feliz.
Como é bom ser lembrado.. PATRONO do Direito da UPF, Turma 2013/II !!!!
A secretaria do Curso me ligou ontem, pedindo que eu comparecesse lá, hoje, às 19:20, para sei lá bem o quê (enrolation, na verdade); mas fui. Ao chegar ao Prédio do Direito, na escadaria de acesso, fui surpreendido pelos alunos que ali estavam: eram formandos, que me receberam ao som de apitos, vuvuzelas, tambores, balões estourados... A Turma 2013/2, através de seu porta voz me convidava para ser seu Patrono, na seguinte forma:

“Professor Celso.

Desde o IV semestre, quando fomos seus alunos na turma de Contratos II, passaram-se 3 anos, mas, mesmo com este vasto tempo, foi impossível esquecemos do ilustre Mestre. Pois, como poderíamos nos esquecer de um professor tão coerente com seu discurso?

Sempre com aulas tão envolventes e capazes de despertar o senso crítico e, ao mesmo tempo, contribuir eticamente para nossa profissão, a partir de suas realidades.

Um professor que, além de nos ensinar os Princípios Jurídicos, como o da boa fé objetiva dos contratos, também nos ensinou os princípios da vida, demonstrando-nos que, mesmo com sua carreira jurídica tão bem sucedida, é possível ser uma pessoa humilde e cultivar os mais singelos sentimentos e valores morais/éticos.

Ensinou-nos que não precisamos prolongar os contratos, mas, sim, ser concisos e diretos naquilo que queremos dizer. E, por isso, que lhe digo, brevemente, em nome da Turma 
2013/II do Curso de Direito:


Foi uma grande satisfação para nós todos tê-lo como Professor e, acima de tudo, como Amigo. E é por este motivo que, de forma simples, queremos homenageá-lo como nosso Patrono e convidá-lo para nossa Formatura, em 17 de janeiro de 2014.”


Estou muito feliz, não só pela homenagem, mas, principalmente, por poder extrair das palavras do representante dos Formandos que valeu a pena cada minuto dedicado às aulas, por ter a certeza de que cada um destes jovens recebeu a mensagem de vida que lhes pudesse ter transmitido...

Valeu a pena, sim.
 
Obrigado a vocês, queridos afilhados, obrigado à vida por me proporcionar momentos que valem por uma eternidade.

O RECOMEÇO.


Quando comecei este Blog foi por que sentia que o que pensava (e ainda penso) queria (e ainda  quer) sair de mim.
Tudo o que pensasse sobre tudo.
Minha homenagem à Loyara e à Esther, que me estimulam a recomeçar ..
Normalmente quando pensamos, perturba-nos mais aquilo que está perto, do lado, ao redor.
Por isso a criação desta página de postagens e, então, passei a comparecer aqui, pensando por escrito.
Sempre foi um turbilhão de pensamentos e de coisas que queriam se consubstanciar em palavras e estas em frases e estas em períodos, a fim de que tudo o que brotasse do pensamento pudesse sair, tivesse vida própria e, assim, permitisse que o que me angustiava ou alegrava, o que me irritava ou divertia, o que me fazia por vezes sentir raiva ou emoção saísse, e fosse passear por aí.
E assim foi, até que uma quietude, sei lá pelo quê provocada, me fizesse silente por um largo período.
Mas nem por isso o pensar parou, nem por isso as angústias, alegrias, irritações, divertimentos, raivas e emoções deixaram de se fazer presentes.
Agora, num momento que de repente surge – e é assim com os momentos, eles aparecem quando devem aparecer – retomo este espaço para o meu pensar por escrito.
É isso, e agora, então eu recomeço.
E a qualquer hora, postarei o que pensar.

Até daqui a pouco.

domingo, 8 de agosto de 2010

Ruas de Passo Fundo: passeio em meio ao lixo!

Pois hoje, domingo, Dia dos Pais, levantei, como de costume, cedo. Alimentei o Freud e a Diana e fui passear com os dois, pelas ruas da Vila Rodrigues (Sempre levo os saquinhos necessários para o recolhimento do que produzem os dois).

O trajeto é quase sempre o mesmo, razão por que se conhecem os detalhes de cada calçada, de cada muro, de cada grade que por tais ruas existem.

Não há muita mudança no cenário, a não ser quando se está pelas cercanias da Praça Capitão Jovino, se vê um que outro monturo de terra, a indicar que as obras de reforma – que já ultrapassam os noventa dias -, ainda devem demorar no mínimo mais outro tanto. Às vezes se nota uma que outra residência que teve a pintura renovada, o andar de uma construção de mais um edifício nas redondezas. No mais, nada de diferente nesse mundinho.

Nada mesmo?

Também não é assim: encontro, todos os dias, ao lado dos de ontem e de anteontem, novos resíduos de lixo largado pelas ruas, espalhados por sabe-se lá quem, e não recolhidos sabe-se bem por quem. E também se sabe de quem é responsabilidade pela sujeira que impera pelas ruas da Vila Rodrigues, assim como pela que se espalha pelo Passinho inteiro.

É vergonhoso se ver, numa cidade universitária como Passo Fundo, o estado de abandono da limpeza das ruas.

Caminhando por aí, e como vou sozinho, o pensamento vai silente, mas vai ...

E aí fico a me questionar: por que as pessoas fazem questão de se eleger prefeito de uma cidade se, quando isso ocorre – e são até reeleitos – , os serviços básicos sob sua direção e responsabilidade, são tão mal prestados.

Talvez devesse o nosso prefeito sair do prédio da Prefeitura, caminhar pelas ruas, exercer a atividade pela qual recebe, do erário municipal, mais de R$ 400,00 por dia. Chamar seus secretários e definir metas a serem cumpridas; trocar os secretários quando os serviços de suas secretarias não atendessem a população.

Certamente que se se mexesse, se se movimentasse, se se interessasse, a cidade, no quesito limpeza, estaria com outro visual.

(E, até, quem sabe, andando pelas nossas ruas, poderia, como engenheiro que é, definir como arrumar este trânsito caótico, que assim ficou graças ao fato de sua administração entender que a ocupação das secretarias deve ser de forma a satisfazer a fome de cargos dos partidos cooptados para o seu lado.)

Não se venha – como seguidamente faz algum representante da administração – culpar a população pela sujeira que por aí grassa. Vê-se que a população, em sua grande e esmagadora maioria, coloca o seu lixo na forma correta. Mas, por não haver recolhimento adequado, por não mais se ver a varrição e capina de ruas, o lixo acaba sendo espalhado por tudo e, onde já há lixo, há a deseducação, pois, “se já está sujo, porque vou deixar de atirar papel e garrafas por aí? Já está sujo mesmo”

Pela foto ao  lado, pode se ver que não é possível entender como pode ter lixo assim, pelo meio da rua (É a Rua São Francisco, quase esquina com a Rua Senador Pinheiro, perto da Praça Capitão Jovino), espalhado e ali ficar por dias e dias.

Está na hora de, quem sabe, “empurrar” o prefeito – que está em seu terceiro mandato – e fazer com que pegue no tranco. Se não for assim, creio que teremos que esperar ainda mais de ano para empurrar muitos para fora da Prefeitura .

(No twitter:   @ccggoncalves)

sábado, 24 de julho de 2010

Praça Capitão Jovino (a que chamam de Santa Teresinha).

Mas que coisa.
Ela já foi uma praça cuidada.
Há muitos anos, quando ainda se chamava Praça Brasil (lá pelos idos dos anos 60), tinha até dupla de Pedro e Paulo (policiamento da BM) permanente.
Era cuidada (o Prefeito era o Senhor Mário Menegaz).
Virou Praça Capitão Jovino, em homenagem a um grande nome desta cidade, quando a atual Avenida Brasil Leste (que era Avenida Capitão Jovino) trocou de nome em favor da unificação da denominação de nossa principal avenida.
De lá para cá, nem o nome da praça é respeitado, pois a maioria das pessoas – aí incluídas a imprensa e a administração pública – a tratam por Santa Teresinha, a padroeira da Igreja católica que na região está sediada (ainda que existam mais dois templos de outras confissões por ali).
Realizaram-se nela algumas festas de Natal (Som, Luz e não me lembro mais o quê), entremeadas de atividades nada a ver com o tema, do tipo nativistas, com duração pra lá de incômoda, tipo terminar pela uma hora da madrugada do dia em que os ocupados da cidade, que por ali moravam, teriam que trabalhar.
Testemunharam-se então, bebedeiras, brigas, fumaças e outros cheiros nem sempre provocados pelos churrasquinhos de gato ali vendidos, e até mesmo um assassinato.
Tudo isso ali, nesta querida e tão maltratada praça.
Passado o tempo, virou ela a moradia de sem tetos que têm de dia a ocupação de achacar quem por ali pensa em estacionar seu carro, e de noite seus pontos de sono, afora seus bancos, outrora tão convidativos a um descanso, terem se tornado o ponto de bebedeiras sem fim de desocupados de toda a ordem.
Tentaram colocar iluminação que a tornasse atraente à noite, mas os mesmos desocupados providenciaram em reduzir os pontos a pedradas e outros tipos de vandalismo, condenando-a ao breu dos desamparados.
Neste ano se anunciou a remodelação da Praça Santa Teresinha (assim foi o anúncio, acerca de obras que remodelariam a Praça Capitão Jovino).
Ao lado deste anúncio, outras notícias davam conta de que certa empresa, vencedora de uma certa licitação para remodelação e modernização de logradouros públicos (leia-se: praças) não estaria conduzindo bem seus trabalhos, estaria com eles atrasados, etc...
Pois em meio a estas notícias, eis que o calçamento interno da Praça Capitão Jovino é arrancado e as pedras são empilhadas; passam-se semanas e as pedras ali empilhadas e a chuva transformando os caminhos em estradas barrentas, em tudo semelhantes àquelas usadas pelos primeiros tropeiros que por aqui aportaram.
Passado mais um tempo, as pedras são recolhidas por caminhões que adentram pelas calçadas, terminando por deteriorar os passeios que ainda resistiam incólumes ao vandalismo patrocinado pelo despreparo.
Passado daí mais de mês, eis que máquinas terraplanam os passeios internos (aqueles de terra entre os canteiros), e em seguida vêm as chuvas e mais barro ali se forma.
Logo a seguir – semana que passou – a parca iluminação que ainda existia some: o serviço de terraplanagem atingiu a fiação elétrica (e também os encanamentos de água)...
E assim, temos ali, hoje, passados meses, uma área destinada ao público que o público não pode usar.
À vista de tudo isso, certamente que cada um de nós pergunta:
Há, nesta valorosa cidade de Passo Fundo, alguém com capacidade de a administrar?
Há alguém que pense antes de começar a fazer algo que não vai concluir em seguida?
Eu, como professor da UPF, garanto que nesta semana vou até a Faculdade de Engenharia verificar se no currículo deste curso existe algum tipo de matéria que pelo menos refira a necessidade de, para a realização de qualquer obra, por menor que seja, ser ela precedida de um PLANEJAMENTO mínimo.
Se existir, até admito que possa. em algum dia voltar a votar em outro engenheiro para administrar a cidade.
Mas, por enquanto, garanto que não... assim como garanto que não votarei em quem tenha sido (ou seja) o encarregado do (des)planejamento da minha cidade...

terça-feira, 11 de maio de 2010

ENTRADAS DE PASSO FUNDO. Elas atraem os visitantes?

Hoje andei um pouco mais despreocupado pela BR 285, sem horário para cumprir, o que me permitiu andar abaixo dos 80 km/h (mas sem estar em velocidade incompatível com a rodovia, claro).
E aí os olhos passeiam pela estrada e suas laterais com mais vagar, olhando tudo mais detidamente.. que coisa!
Já ao sair da Avenida Brasil a gente encontra aquele canteirão maluco, mal feito, cheio de buracos e manchões no asfalto, que acolhe os que seguem direção a Erechim ou os que tomam a direção da Universidade. Horrível.
Mas como eu ia em outra direção, deixei tais buracos e manchões de lado e segui pelo arremedo de asfalto que vai para Lagoa Vermelha.
Já antes de chegar ao outro arremedo de trevo, frente ao posto BR, a gente vai encontrando buracos e asfalto mal feito, tendo nos lados barrancos e sujeira.
Passa-se o tal trevo e se tem pela frente algumas crateras que te saúdam antes de te levarem para o leito da rodovia totalmente desencontrado de sua forma natural, com mato nas vizinhanças, acostamento em degrau e uma visão que comportaria levar a moldura do inferno.
Passa-se pela frente do motel – onde pelo menos existe uma idéia de limpeza – e se segue em direção à entrada do Patronato. Pois é, uma entrada que já mostra o grande cuidado que se tem com aquele patrimônio da sociedade, com seus muros horrorosos – cujo estado pode muito bem indicar por que o MP que os menores afastados de lá – com mato e lixo acumulado pela frente da entidade.
À esquerda, tem-se a entrada do chamado loteamento Coronel Massot (Para quem não sabe, o Coronel Affonso Emílio Massot foi o primeiro brigadiano a ser efetivado Comandante Geral da Brigada Militar – isso em 1917 - e em 20 de Outubro de 1953, através do Decreto nº 4.221, foi instituído o patrono da Brigada Militar, mercê de seus reconhecidos méritos). Sair do loteamento ou acessá-lo não deixa de ser uma aventura... perigosa para quem entra, para quem sai e por quem só passa pela BR
E logo se chega a outro trevo nada seguro que liga a BR à perimetral, também muito pródigo com asfalto em decomposição, mato e lixo.
Deixo de lado as cercanias do Aeroporto e do Parque; creio que por ora basta.
A descrição de tudo isso tem por finalidade colocar o leitor nos locais, para que se possa perguntar:

- De sã consciência, sendo você um usuário da BR 285 nas proximidades de Passo Fundo, consciente do que você vê na estrada ao redor desta chamada Capital do Planalto, você se sentiria tentado a entrar na cidade?

Talvez por que acostumados a passar por ali seguidamente, não observemos o estado desta entrada, não nos chame a atenção o lixo acumulado no acostamento, não liguemos para o mato que toma conta das laterais da estrada.
E tudo isso, com certeza, não é elemento que contribua para atrair pessoas a entrar na cidade, tampouco ajuda a dar a Passo Fundo um conceito de cidade limpa, organizada, ordenada.
Somos muito coniventes com a falta de limpeza e capricho no trato das entradas de Passo Fundo.
Mesmo só tendo aqui referido uma - falta espaço para colocar o estado das outras -, tenham a certeza de que o lixo, o mato, o descuido são os mesmos nos outros pontos de acesso a Passo Fundo (e, para não deixar passar: nada diferente do que se vê em boa parte da cidade...).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A QUEM PERTENCEM AS CALÇADAS DE PASSO FUNDO?




As calçadas – ou passeios, como as chamam as disposições legais –, por definição legal, destinam-se aos pedestres, para que as usem em seus deslocamentos nas zonas urbanas.
Deixando por ora de analisar a sua inexistência em boa parte dos bairros, os “arrabaldes” (puxa, fazia horas que queria usar esta palavra, caída em desuso, mas não do sentido que se dá aos lugares da valorosa Passo Fundo mais afastados do seu Centro), observo que as calçadas estão de há muito fora do alcance visual (e do interesse) da fiscalização municipal.
Só no miolo da área central contei ontem nada menos do que 12 pontos em que os pedestres foram alijados do seu espaço, em favor de materiais dos mais diversos ali depositados, afora os pontos em que a construção dos pisos se faz de maneira irregular e em desacordo com a legislação específica. Isso que nem quero falar hoje das obras que avançam seus tapumes em desacordo com o Código de Obras.

Creio que as imagens que trago aqui falem muito por si mesmas.
Para não ser maçante, vou lembrar que “Os serviços de obra e manutenção a serem realizadas nos passeios e vias públicas, somente serão iniciados após autorização do poder público, fornecidos pela Secretaria Municipal de Obras e Viação e/ou Secretaria Municipal dos Serviços Urbanos.” (Artigo 1º, do Decreto 108 de 15 de Outubro de 1997).
Ainda, que o Código Brasileiro de Trânsito, diz que “É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.” (Artigo 68).
Para ficar nele, se vê que “Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente sinalizado.” (Art. 94), assim como que “Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.” (Art.95)
Já o Código de Obras do Município, ignorado (ou desconhecido?) por parte dos integrantes da Administração Municipal, diz, em seu artigo 24, inciso IV, que a “Construção de passeio público”, ainda que não necessite de projeto, está sujeita à concessão de licença.
Então, se ditas construções de passeio público necessitam de concessão de licença, supõe-se que quem as dê se inteire do que haverá de ser feito, assim também de como será feito. E neste como, com certeza, estarão incluídas as providências que permitirão a circulação os pedestres opor tais pontos, com toda a segurança, assim como os atos de fiscalização sobre a adoção ou não de tais medidas.
É, falta alguém para administrar esta cidade...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A CRIMINALIDADE E A APATIA.

Manchetes dos nossos jornais locais – O Nacional e Diário da Manhã – diariamente dão conta de como Passo Fundo está a conviver com assassinatos, assaltos, tiroteios, além da interminável lista de mortes em razão da circulação viária.
Nesta semana, em um só dia, li neles que um taxista foi assaltado ao fazer uma corrida, um casal de amigos foi assaltado na Rua Moron quando chegava em casa, um ônibus foi assaltado no Bairro Vera Cruz, outro no Bairro Nonoai, um menor apedrejou um ônibus, e por aí vai.
O ruim é que eu, você e quem mais for, ao ler isso trata isso como NOTÍCIA, notícia ruim, é verdade, mas como notícia.
A gente não se dá conta de que estamos tendo contato com fatos, fatos que envolvem pessoas como eu, você e quem mais for.
E fatos que estão aqui, bem perto de nós, acontecidos nos mesmos locais e horários em que vivemos a nossa vida nesta nossa cidade, já não mais tão nossa, pois que parece ser mais da catrefa que se apropriou da insegurança que a todos aflige.
Não observo manifestação alguma por parte dos habitantes desta valorosa (pelo menos assim os assaltantes a consideram, com algum valor para surrupiar) Passo Fundo, no sentido de expressarem pelo menos alguma indignação com a constância com que este tipo de fatos ocorre.
Anda-se pelas ruas e algo que poderia transmitir a sensação de segurança – presença policial ostensiva – não é visto. E assim como nós, a bandidagem também não vê.
Mas enquanto nós, por isso, nos sentimos inseguros, ela, a turma amiga do alheio, se sente segura para tomar o que é meu, teu e do nosso vizinho, quando não para matar em troca de nada.
E apesar de nos sentirmos inseguros, não tomamos uma atitude que seja no sentido de COBRAR de quem nos deve segurança a presença mais constante nas ruas.
Estamos tomados por uma APATIA perigosa, pois quanto mais nos encolhemos, mais avançam as ações dos fora da lei, cujos efeitos, se não nos atingiram ainda, daqui a pouco nos farão sentir na carne a consequencia desta OMISSÃO.
Não desenvolvemos a cultura do COBRAR de quem nos serve o serviço que não nos é prestado, apesar de pago.
Parece que a hora da cobrança, ainda que tardia, não é despropositada.
Há mecanismos próprios para isso e os órgãos públicos, todos eles, inclusive os de segurança, devem contas à população que, por seu turno, tem o direito de saber tudo sobre a prestação do serviço e, mesmo, definir as prioridades a serem respeitadas na sua execução.
As desculpas pela falta de meios não devem superar a capacidade de planejamento do bom uso do que se tem, pois o que existe com certeza pode ser melhor empregado.

quarta-feira, 31 de março de 2010

A Feira do Produtor.


Não é objeto deste comentário o que a Feira do Produtor significa para a cidade quanto à possibilidade de produtores colocarem seus produtos à disposição da população, tampouco do quanto é bom que possam as pessoas encontrar produtos vindos das culturas realizadas no Município.
Quero me reportar a pontos discutidos (O coisinha chata este termo, “discutir”; precisaria ter uma secretaria para os adeptos da “discussão”, quando se trata de matéria administrativa) há muitos anos atrás, com os produtores e que envolviam, dentre outras coisas, o estacionamento de suas camionetas e carros.
À época ficou acertado que a área destinada ao estacionamento de TODOS os veículos dos produtores era a do pátio da antiga Gare, a que fica abaixo da Rua General Canabarro.
Para tanto, uma vez que alguns reclamaram da “distância” entre os veículos e o seu ponto de venda, em razão dos atos de carga e descarga, adquiri dois daqueles transportadores de carga e os entreguei aos produtores.
Por um bom tempo, a parte da antiga Gare, que fica para a Sete de Setembro, ficou livre de veículos na área destinada à calçada.
Passado um tempo, os veículos votaram e, como tudo na vida progride, boa parte das camionetas dos produtores vem sendo substituída por caminhões – ainda que de pequeno porte – que estacionam livremente ali, avançando muitos deles, em boa parte da avenida.
A Avenida, por outra, ali, permite estacionamento e é utilizada pelos consumidores dos produtos vendidos na Feira.
Assim, nos dias de Feira, o que se vê são veículos estacionados a partir da sobra de espaço deixado pelos bicos dos caminhões – estreitando assim, a pista de rolamento, já estreitada pelos tachões colocados em razão da lombada eletrônica –, inexistindo espaço para circulação de pedestres que, por tudo isso, são lançados às feras do asfalto, circulando no meio de veículos que transitam pela Avenida.
Este é um problema de segurança viária, que passa, como tudo por aqui, desapercebido por quem deveria estar atento a tal.
Afora isso, eu me questiono quanto a outro ponto: o do visual de um lugar interessante e bonito, a Gare antiga.
O reposicionar o estacionamento dos veículos dos produtores tinha por escopo ajardinar a área, permitindo um uso melhor pela população em ocasiões que não só as destinadas à Feira.
Se a Gare tem o destino de servir de abrigo à Feira do Produtor, entendo que não precise ser utilizada de modo tão desleixado, brega e desorganizado esteticamente.
Por vezes me passa pela cabeça que precisamos eleger um administrador que tenha passado por um curso do tipo arquitetura, ou artes visuais, e de preferência que seja uma mulher, com a sua visão mais detalhista para aquilo que, respeitado o essencial, é importante para o agrado dos sentidos.
Afinal, se um ambiente é tratado com descuido, com evidente desleixo e desatenção para a área em que se encontra, tais circunstâncias se transmitem ao comportamento das pessoas que o freqüentam, acabando elas de incorporar tais atitudes e levando-as a outros pontos de sua influência.
E isso se chama, também, deseducar.

sábado, 27 de março de 2010

POR QUE A CIRCULAÇÃO EM PASSO FUNDO NÃO FLUI.

Dias atrás falei sobre a circulação não fluir nas vias do centro de Passo Fundo.
Claro que o aumento do número de veículos contribui para que o lento trânsito nas áreas mais centrais se torne enervante e caoticamente quase parado.
Mas um fator que é importante para este resultado é a adoção da diminuição de pistas de rolamento em ruas e avenidas.
Para não me estender muito, vou me ater hoje unicamente ao que aconteceu com a Bento Gonçalves, recentemente recapada (em uma manhã de sábado, quando foi fechada ao trânsito desde a Independência até a General Osório, sem aviso e sem indicação de alternativas para os usuários. O Caos – com letra maiúscula, sim -, mesmo sendo num sábado, foi espetacular).
Pois a Bento, ainda que não se a possa caracterizar como vital para o trânsito – há outras formas de se acessarem as zonas sul e leste da cidade –, com a sua largura admitia a circulação de três carros lado a lado, independentemente do estacionamento em ambos os lados da rua. Mesmo que por ali se escoem linhas de coletivos urbanos.
A foto que acompanha esta postagem bem demonstra que a sinalização horizontal – pintura de divisão das pistas – conseguiu o feito de reduzir em 33% o escoamento possível,
Por ela se vê que:
1) as áreas para o estacionamento, dos dois lados, foram aumentadas em pelo menos 30 cm para cada lado (só aí a área de circulação perde mais de 60cm );
2) ainda que exista largura suficiente, foram pintadas apenas DUAS pistas de rolamento;
3) observa-se, à esquerda da foto, um automóvel estacionado em fila dupla, ocupando a metade de uma das pistas;
4) mais à frente, à direita, vêem-se um automóvel circulando e, mais à frente, um caminhão estacionado em fila dupla, ambos ocupando apenas a metade da outra pista.
Por aí, visualmente, você conclui que novamente o pessoal da (I)Mobilidade Urbana está, com estas atitudes, contribuindo firmemente para que o trânsito não tenha fluidez.
Isso por que, uma vez pintada a divisão das pistas de rolamento como o foi, você, circulando por esta rua, deve obedecer à sinalização, atendo-se aos limites ali impostos.
Providências inteligentes como esta fazem com que nas horas do “rusch” a saída ou passagem pela área central demore mais 1/3 do tempo habitualmente usado.
Em conseqüência, os carros gastam mais combustível, há mais emissão de gases por minuto, o tempo perdido no trânsito diminui o descanso necessário de quem trabalha.
Tudo isso é redução da qualidade de vida.
Afora isso, como me salientou uma vez o engenheiro Carlos Alerto Brocco, então Secretário de Obras, o estreitamento das pistas contribui para a diminuição da velocidade (menos espaço, automaticamente faz com que o condutor tenha mais cuidado), trazendo mais segurança, portanto. Contrario sensu, pistas mais largas contribuem para que haja mais “espaço”, chamando o condutor para o “vácuo”, o que acarreta, mesmo sem sentir, o imprimir mais velocidade.
Esperemos, pois, pelas próximas.





quinta-feira, 25 de março de 2010

SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO – FAZÊ-LA EM QUE HORARIO?

Pois se sabe que a circulação se ressente pela falta de adequada, PERMANENTE e correta sinalização em nossas ruas e avenidas.
Tem-se que a lei de trânsito define que compete aos órgãos e entidades executivos do Município implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os equipamentos de controle viário.
Tem havido nos últimos dias algum movimento da autoridade municipal responsável pela (I)Mobilidade Urbana no sentido de repintar algumas faixas de pedestres de há muito apagadas.
O repintar é elogiável; criticável é o se ter deixado que sumissem.
No dia de ontem, 24 de março deste glorioso ano que parece não existir (Carnaval, Páscoa, Copa, Eleições, em seguida Natal, Ano Novo e já Carnaval outra vez.), viu-se que várias faixas de pedestres receberam pintura nova.
Que bom isso.
No entanto, que horário mais inadequado para tal operação!
Sua realização implicou ou o fechamento de ruas para o trânsito, ou o bloqueio de meia pista, afunilando mais ainda a circulação já complicada.
E, ainda, a operação se estendeu durante o horário de final expediente, fazendo com que o inferno “normal” do dia a dia na questão viária se transformasse para quem saísse da área central, ou para ela se dirigisse, ou, ainda, por ela passasse, em flagelo indescritível, como se comandado em conjunto por Lúcifer com suas legiões, Gengis Khan com suas hordas e Argel com o seu São José no jogo de ontem contra o Inter (este último, aliás, sem comentários).
Mas será que as cabeças coroadas que conduzem a (I)Mobilidade Urbana têm dificuldade em olhar e interpretar o que acontece no trânsito da cidade?
Se efetivamente alguma obra ou o que valha deva ser feita em qualquer via, o mínimo a se imaginar é que a autoridade responsável cumpra o que o Código de Trânsito determina: “Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por intermédio dos meios de comunicação social, com quarenta e oito horas de antecedência, de qualquer interdição da via, indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados”.
Pois não encontrei nenhum aviso a respeito das interdições (ainda que parciais) havidas, tampouco a recomendação para utilização de caminhos alternativos.
E esse proceder vem se repetindo não só nos casos da pintura de sinalização, mas também nos de obras realizadas em ruas e avenidas que, uma vez pavimentadas, são entregues sem a devida sinalização (novamente a Lei de Trânsito, estabelecendo que nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições adequadas de segurança na circulação).
Não se dê como desculpa ser este o horário de trabalho dos que atuam na pintura e que, por medida de economia, não se realiza a atividade em horário diverso do de expediente.
A prestação do serviço público por certos setores não pode ter horário atrelado ao definido como sendo do expediente: as atividades que a consubstanciam se realizam no momento que seja adequado para a comunidade a que deve servir, sem transtornos à atividade social e primando para que não causem sequer desconforto aos contribuintes.

terça-feira, 23 de março de 2010

ALGUMAS DO SANTARÉM, o FOCA.

Dois episódios vividos com o Argeu Santarém – à época um jornalista iniciante, um “Foca”, do jornal O Nacional – acontecidos lá pelo ano de 1966, quando eu era 2º Tenente da Briosa e comandava em Passo Fundo os “Pedro e Paulo” (tempos bons aqueles, em que os PMs tinham nome e presença nas ruas) creio que possam ser lembrados em homenagem a este amigo recentemente falecido.

O primeiro.
No Comando do Pelotão assumia eu, além do policiamento em Passo Fundo (com seus então 70/80.000 habitantes e mais ou menos 4.500 veículos matriculados), também a responsabilidade pela segurança de Marau, Casca, Sertão, Tapejara, Davi Canabarro e Ciríaco. Essa era a área de responsabilidade do 1º Pelotão da 1ª Cia. do então 2º Batalhão de Polícia, hoje de novo 3º Regimento.
Na época o Batalhão incluiu 600 (verdade: seiscentos) novos soldados e destes escolhi (a dedo) 60 para compor e reforçar o meu pelotão, iniciando a instrução deles que, adianto, foi dirigida pessoalmente por mim e restou diferenciada da dos demais.
Com soldados novos (e novos mesmo, pois os que escolhi tinham entre 21 e 22 anos, tendo merecido do comandante da época o apelido de “Pelotão IÉ-IÉ-IÉ", numa referência à turma do Rei Roberto Carlos) reforçando o policiamento da cidade de Passo Fundo, instruídos adequadamente e coincidindo a entrada em vigor de um novo e severo (!?!?!?) Código de Trânsito, o aperto promovido – a nível de tolerância zero – mexeu com a população e provocou “murmúrios” que acabaram gerando comentário em matéria produzida pelo Argeu.
A pena brilhante já se fazia notar desde os primeiros textos e a crítica mordaz, ainda que incipiente, não se fazia por rogada: aparecia mesmo. E o ponto da matéria pelo Argeu escrita – como ainda é hoje, quando a fiscalização de trânsito aperta – era no sentido de que o policiamento não deveria se preocupar tanto com o trânsito, mas sim com outras áreas da segurança.
Só para não deixar de referir, Passo Fundo era uma cidade segura “naqueles tempos” e o pouco de bandidagem que aparecia era logo despachado, seja com o recolhimento legalmente feito, ou, por assustada com o número de policiais trabalhando na rua vinte e quatro horas, sumia para outros recantos, longe da nossa área.
Em face da matéria, acabei contatando com o Argeu, em um encontro casual, na Avenida General Neto (defronte do ponto que, anos depois, ficaria conhecido como a República dos Coqueiros, nome por ele, Argeu, atribuído à quadra defronte a Catedral).
E ali combinamos que ele me acompanharia durante um dia inteiro, nas ações de Polícia Ostensiva em Passo Fundo.
E assim foi feito. Passou um dia inteiro comigo, observando o planejamento do dia, o “briefing” antes da saída dos PMs em direção aos seus postos e andando no jeep que realizava a fiscalização do trabalho. Almoçamos e jantamos juntos e ficou observando o trabalho ainda noite a dentro, vendo o policiamento trabalhando bem mais e além da fiscalização do trânsito.
Acho que basta dizer que nos tornamos muito amigos. Desde então, tudo o que dizia a respeito à área do policiamento ostensivo sempre era por ele tratado de uma forma diferente. Afinal, tinha percebido que, tal como um iceberg, as ações policiais que vemos é apenas uma pequena parte de um todo muito maior.

O outro fato.

Entre o final do ano de 1966 e início de 1967, dei andamento a uma campanha intensa de educação para o trânsito, acompanhada da colocação de sinalização que praticamente inexistia, usando os soldados do meu Pelotão para a sua execução.
Ainda que a responsabilidade da sinalização fosse então do Estado, tivemos aí o apoio irrestrito do grande Prefeito da época, Sr. Mário Menegaz, e da população que, sabendo das dificuldades existentes quanto à aquisição de tintas para a pintura dos sinais, aparecia no prédio que usávamos (onde hoje está o Edifício Benincá, na esquina da Rua Moron com a Bento Gonçalves), entregando ali galões e galões de tinta branca ou amarela.
Tudo bem, mas onde entra o Argeu Santarém nesta parte da história?
Pois entra numa certa manhã, na esquina da Avenida Brasil com a Rua Fagundes dos Reis, ali, junto ao Colégio Protásio Alves.
Estávamos eu e o Sargento Valdir observando e orientando a pintura de faixas de pedestres no local (as primeiras pintadas na cidade!) e o Argeu, que passava pelo local, ficou ali conversando e se informando do que fazíamos.
Neste momento, o Cabo Leônidas se aproxima e diz:”Tenente, não temos solvente para por na tinta e limpar os pincéis”. Então, meti a mão no bolso e entreguei a ele um determinado valor em dinheiro para que fosse até ali, na casa de tintas do Roratto, e comprasse o solvente de que precisava.
No dia seguinte, sou surpreendido ainda cedo no quartel com um reboliço a minha volta, sendo chamado à sala do comandante, Coronel Iriovaldo Maciel de Vargas.
E o que acontecera?
O Argeu, que era também correspondente da Rádio Guaíba de Porto Alegre, fizera no dia anterior matéria que dava conta de que os PMs de Passo Fundo estavam pagando, de seu próprio bolso, material para a sinalização de trânsito da Cidade.
Pronto. A notícia, que fora dada no muito ouvido jornal da noite da Guaíba, chegara à Casa Civil e, dali, à Casa Militar e aos ouvidos do próprio Governador, Eng.. Ildo Meneghetti, que cobrou imediatas providências para a solução da situação e que não mais se repetisse tal fato.
E em razão disso, vou eu lá dar explicações e responder portarias, afora entrevistas – cheio de cuidados – para emissoras de Porto Alegre.
A partir dali, os trabalhos de sinalização ficaram facilitados, seja pela liberação de mais material pela Prefeitura, seja por ter sido alcançado com mais assiduidade e quantidade pela população.
Graças à notícia produzida pelo Argeu.
Quanto ao Estado, tirando a cobrança sobre o fato que rendera a notícia, dele não veio nada mesmo.

domingo, 21 de março de 2010

ENTENDENDO DOIS PORQUÊS.

CONSTA QUE A MATA ATLÂNTICA REAGE E RESSURGE NAS RUAS DE PASSO FUNDO, E QUE O FUTURO RESERVA PETRÓLEO PARA O NOSSO MUNICÍPIO.

Creio que nossos administradores municipais, talvez nostálgicos dos tempos de suas infâncias, em que no final de cada rua tinha um pequeno mato ou uma capoeira – e que serviam para as brincadeiras mais diversas, afora o se buscar taquaras com que se produziam as coloridas pipas dos dias ventosos –, estejam pretendendo que não só o final das ruas, mas a extensão toda delas se transforme em uma capoeira só.

E aí, a esplendorosa capital do Planalto haverá de mostrar ao mundo inteiro como se faz para que as antigas matas que povoavam esta região retornem na era moderna, sem qualquer esforço (De fato, só com a I Mobilidade, com a inação, com a omissão).

Que beleza!!

E, além de não bolirem com as ervas daninhas que brotam entre os paralelepípedos, nas calçadas e de dentro dos terrenos baldios estendendo-se pelos passeios e ruas, deixam que se observe o crescente acúmulo de lixo nas esquinas, carregados nos dias de chuva para as bocas de lobo que, entupidas, permitem que as vias se transformem em mananciais de causar inveja a muito riozinho por aí, metido à besta.

Só posso creditar isso – a não solução para o recolhimento do lixo – a uma tentativa de não se ver o Município frustrado com a questão dos royalties a serem distribuídos em relação a uma possível talvez existente futura exploração do pré sal.

Afinal, com toda esta matéria orgânica não recolhida, deixada aí pelas ruas, ao lado do crescimento de uma vigorosa “mata”, quem sabe não tenhamos em alguns séculos de contínuidades administrativas, não o nosso pré sal, mas um rentável campo petrolífero nascido de um “pós lixo”?

Por isso, vote sempre bem.
Reeleja.
Dê continuidade.
Mantenha o mesmo Administrador (pode ser que ele aprenda como se faz).

quinta-feira, 18 de março de 2010

Olhando por aí e comentando.

Passei hoje pelo trecho recentemente asfaltado da Rua General Osório, quadra entre as Ruas Benjamin Constant e a Fagundes dos Reis.
Vi que entre ontem e hoje foi feita a sinalização horizontal – pintura sobre o asfalto, dividindo pistas de rolamento.
Pois que coisa: a largura da Rua General Osório é conhecida e, fora o trecho entre a Fagundes e a Bento Gonçalves – onde há estacionamento oblíquo à direita – toda ela permite que se tenha, além dos estacionamentos paralelos dos dois lados QUATRO pistas de rolamento.
Pois a pintura na quadra que refiro no início promove a divisão da rua em DUAS ÚNICAS PISTAS... não dá para entender.
Veja-se que hoje Passo Fundo conta com uma frota de mais de 82.000 veículos registrados e a estes devem se acrescer os mais de dez mil que diariamente aqui aportam e usam as vias mais centrais.
Apesar disso, a Prefeitura, por sua Secretaria de (I) Mobilidade Urbana, sistematicamente tem promovido a diminuição de pistas disponíveis para a circulação.
Isto produz, como permite concluir, comprovado pela observação do dia a dia do nosso trânsito, a diminuição de pistas disponíveis para estes quase cem mil veículos que circulam em Passo Fundo, acarretando o retardamento da necessária fluidez.
Só para explicar melhor: a partir de 1997, quando Passo Fundo tinha pouco mais de 40 mil veículos registrados (menos da metade dos de hoje, portanto), vias como a Benjamin Constant, Fagundes dos Reis, General Osório, Coronel Chicuta, Sete de Setembro – só para ficar com as mais utilizadas – apresentavam quatro pistas de rolamento cada uma. Assim, nos semáforos, a cada abertura de sinal, podiam passar concomitantemente quatro veículos de cada vez; agora, apenas três.
A isso se some a estranha opção pela ONDA VERMELHA (em contraposição à onda verde, aquela em que você vai andando por um longo trecho com os sinais luminosos verdes para você).
Sem querer prolongar muito, a onda vermelha tranca, em uma quadra, por pista, em média 17 veículos; aí se tem, então, em três pistas, 51 veículos parados esperando a abertura do sinal.
Autorizada a passagem pelo sinal verde, são vinte segundos para que os veículos passem. Até que os primeiros arranquem (constatação nos locais), passa-se em média um segundo e meio.
Nos 18,5 segundos restantes os que se encontram no final das filas desta quadra não conseguem chegar ao sinal ainda aberto...
Passaram – conforme estatisticamente verificado – dos 51 que estavam aguardando, em média, 39.
Se disponibilizadas quatro pistas, teriam passado 33% a mais, ou seja, todos os que estavam na quadra.
Mas isso, ONDA VERMELHA, diminuição de pistas de rolamento, são apenas parte do problema; há outras questões como, por exemplo, a relação entre a largura das pistas e a velocidade.
Mas isso vou abordando aos poucos, em outras ocasiões.

terça-feira, 16 de março de 2010

Começando.

Pois há muito que o que penso quer sair de mim.
Tudo o que penso sobre tudo.
Normalmente perturba mais aquilo que está perto, do lado, ao redor.
Então surgiu a oportunidade de criar esta página de postagens e, então, eis-me aqui, pensando por escrito.
É um turbilhão de pensamentos e de coisas que querem se consubstanciar em palavras e estas em frases e estas em períodos, a fim de que tudo o que brotar do pensamento possa sair, ter vida própria e, assim, permitir que o que me angustia ou me alegra, o que me irrita ou me diverte, o que me faz por vezes sentir raiva ou emoção saia, e vá passear por aí.
É isso, e aqui eu começo.
A qualquer hora, postarei o que pensar.
Até daqui a pouco.